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Ainda conta calorias?

Se sim, então deve pensar que comer um abacate é igual a comer um pacote de batatas fritas.

Durante muito tempo, profissionais de nutrição explicavam que para emagrecer era apenas necessário gastar mais calorias do que as que se ingeriam, aí o balanço energético seria deficitário e estaríamos a perder peso. Pesquisas recentes têm demonstrado que essa abordagem é redutora e não é tao simples assim, este pensamento não tem em consideração a qualidade dos alimentos, nem a interação que esse alimento tem com o nosso corpo.

4 motivos a considerar na abordagem da contagem de calorias:

1. A contagem de calorias é frequentemente imprecisa

É quase impossível contar todas as calorias que colocamos na boca, pois para além da maioria dos rótulos não fornecer uma informação 100% precisa, é extramente inconveniente pesar todos os alimentos e ter uma tabela com os valores calóricos antes de preparar cada refeição.  E há mais, diferentes tipos de preparo culinário (fritar, cozer, assar, etc.) alteram o valor calórico dos alimentos em proporções diferentes.

2. Pedir às pessoas para serem tão precisas cria uma mentalidade de "fruta Proibida"

Especialistas alertam que submeter-se ao tedioso acto da contagem de calorias pode ter um efeito adverso, pois alimentos calóricos tornam-se restritivos. Quando nos sentimos restritos, somos mais propensos a fugir de imposições e a contagem de calorias pode ser esgotante, podendo mesmo perturbar a sua capacidade inata de entender as pistas de fome e saciedade. Por exemplo, alimentos ricos em gordura ativam com mais eficácia os nossos recetores de saciedade, do que alimentos ricos em Hidratos de Carbono e os segundos têm menos calorias, no entanto, causam uma resposta hormonal que gera acumulação de gordura.

3. Mais do que nos focarmos apenas em números, devemos saber quais as porções de  macronutrientes recomendadas aos objetivos da dieta

Pessoas que querem controlar o seu peso, ter uma alimentação que promova saúde e que ajude a prevenir diabetes e doenças cardíacas devem ter em consideração que é mais relevante saber selecionar macronutrientes (ex.: proteínas e gorduras saudáveis), a sua origem e sua forma de produção, do que pensar que todas as calorias são iguais. Em contra ponto deve-se reduzir ao máximo alimentos com calorias "vazias" e não nutritivas, cortar calorias provenientes de açúcar, hidratos de carbono refinados e claro alimentos processados. Macronutrientes diferentes semelhantes a interceções fisiólogas e hormonais diferentes.

4. Pensar em porções de alimentos no prato vai simplificar o seu dia a dia

Em vez da tarefa irrealista de contar calorias deve aprender estratégias e truques adaptadas ao seu dia a dia e a treinar os olhos a medir porções pode ser a chave do sucesso para uma alimentação equilibrada. Por exemplo, olhando para uma refeição, a porção de proteína deve ser aproximadamente do tamanho de palma da sua mão, uma porção de gorduras saudáveis é equivalente ao tamanho do seu polegar, uma porção de Hidratos de carbono (não refinados e brancos) é aproximadamente do tamanho da sua mão em forma de concha, e uma porção de vegetais seria do tamanho do punho.

Como a Personal Trainers tem vindo a referir, a consistência é a chave do sucesso.

Ter recorrentemente um boa rotina alimentar vai mudar definitivamente a sua saúde e imagem corporal. Mas para isso é preciso ter conhecimento e saber usar todas as ferramentas à sua disposição, tanto no universo da nutrição como do exercício há muitas meias verdades, informações desatualizadas e mitos que persistem.

Confie a sua saúde a profissionais atualizados e com capacidade crítica para lhe explicar o que melhor se adequa ao seu caso em particular. Para diferentes pessoas há diferentes caminhos a percorrer, a dieta da lua, do ananás e/ou a paleo, podem ser a solução para algumas pessoas, mas será que são para si? Ainda está muito enraizado que para se perder peso é preciso fazer horas de exercício cardiovascular (ex.: correr), ou que para ganhar massa muscular é necessário ir para um ginásio levantar os halteres mais pesados, a ciência tem vindo a demonstrar que não há receitas mágicas e que os exemplos referidos estão totalmente desatualizados.

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Pode ser agora a sua vez de iniciar um caminho personalizado, só seu e que só resulte consigo. Saiba como!

Texto de Miguel Paiva adaptado de Pajer, N.